Quando é indicado o uso do balão gástrico?
A indicação do balão gástrico deve ser feita após avaliação médica criteriosa. Pacientes com sobrepeso, com índice de massa corpórea (IMC) acima de 27kg/m², já podem ser aptos para a colocação do balão. Pacientes com IMC acima de 35kg/m², que ainda não se encaixam nos critérios para a cirurgia bariátrica ou que a recusam, também podem ser elegíveis para a colocação do balão gástrico.
Como é feita a colocação do balão gástrico?
Essa é uma dúvida muito comum em relação aos balões gástricos, mas este não se trata de um procedimento cirúrgico. O balão gástrico é colocado a partir de um procedimento chamado endoscopia digestiva alta, muito semelhante àquele em que se utiliza uma câmera para visualizar e examinar as paredes do estômago.
O balão é inserido com auxílio de um tubo que passa pelo esôfago. Ao chegar ao estômago, ele é inflado e posicionado para ocupar uma parte do volume do órgão. Tudo é feito com a ajuda de uma microcâmera que possibilita visão adequada da parte interna do paciente.
Assim como em endoscopias comuns, o paciente recebe uma dose de sedativo para amenizar qualquer incômodo. O procedimento dura, em média, 15 minutos. Caso tudo corra bem, não é necessária internação e o paciente pode voltar às atividades normais assim que o efeito do sedativo passar.
Quando e como remover o balão?
A remoção do balão gástrico ocorre de 6 a 12 meses após sua colocação, dependendo da indicação do especialista. O procedimento de retirada não é muito diferente da colocação: por via endoscópica, um tubo é inserido pelo esôfago com o auxílio de uma microcâmera. Então, o líquido que preenche o balão é aspirado e o dispositivo é retirado.
Riscos da colocação do balão gástrico
Assim como outros procedimentos médicos, a colocação do balão gástrico está associada a alguns riscos. Náuseas, vômitos e dores abdominais são efeitos colaterais comuns nos dez primeiros dias após a instalação do dispositivo. Depois desse período, é necessário atenção especial se estes sintomas ainda persistirem.
Um risco importante é o de rompimento do balão, pois ele pode se deslocar até o intestino e causar obstrução intestinal. Casos assim são raros, mas necessitam de atenção médica hospitalar imediata.
Quando não é indicado o uso do balão gástrico?
Existem algumas contraindicações à colocação do balão gástrico, que são a presença de situações como:
- Hérnia de hiato;
- Tumores gástricos;
- Úlcera estomacal ou duodenal ativa;
- Cirurgias gástricas prévias;
- Uso de anticoagulantes;
- Varizes esofagogástricas de grosso calibre.
Quais são as vantagens do balão gástrico?
Quando a pessoa alia a utilização do balão gástrico a mudanças nos hábitos de vida, reeducando sua alimentação e abandonando hábitos como cigarro e sedentarismo, o balão intragástrico pode ser um grande aliado. O tratamento com o balão pode contribuir com a eliminação de, em média, 15% do peso corporal.
Outra vantagem é que o balão pode ser uma alternativa àqueles que não tem nenhuma contraindicação e não querem, ou não atendem todos os critérios para fazer uma cirurgia bariátrica.
Entenda os benefícios, mas vigie sua mente
É importante aliar o uso do balão gástrico à psicoterapia comportamental. Um estudo feito nos Estados Unidos mostrou que pacientes que aliaram a técnica do balão com sessões e atividades psicoterapêuticas tiveram uma perda de peso corporal de até 30%.
Dessa forma, é possível dizer que a perda de peso deve ser acompanhada de um bom tratamento psicológico. Cuidar da mente é um fator importante para que os resultados sejam atingidos de forma mais eficiente e mantidos após o período.
O balão gástrico vale a pena?
O uso de qualquer tipo de balão intragástrico, quando colocado com a indicação correta e principalmente quando a pessoa segue hábitos que colaborem com o processo de perda de peso, pode ser muito benéfico ao paciente.
O balão é um grande aliado simplesmente por possibilitar uma menor ingestão de alimentos e, com o tempo, fazer com que a reação hormonal à saciedade seja readequada àquela quantidade de comida. Ainda assim, a iniciativa de cuidar do corpo e da mente precisa partir daquele que está o usando.
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Fontes: