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Conheça os principais riscos da cirurgia bariátrica.

A cirurgia bariátrica, também conhecida popularmente como cirurgia de redução de estômago, é um dos tratamentos mais eficazes contra a obesidade em grau elevado. É um procedimento em que alterações no funcionamento do sistema digestivo são feitas para auxiliar no processo de emagrecimento.

Por isso, todas as suas fases exigem muitos cuidados, o que levanta muitas dúvidas sobre a recuperação e os riscos da cirurgia bariátrica. Neste conteúdo, conheceremos um pouco mais sobre os riscos da cirurgia bariátrica e os cuidados que devemos tomar para evitá-los.

Cirurgia bariátrica: riscos
Fonte: Shutterstock

Quem pode fazer a cirurgia?

Na maioria das vezes, a cirurgia bariátrica é um procedimento invasivo. Hoje em dia, ainda que existam métodos minimamente invasivos que diminuem o risco de complicações e facilitam a realização da cirurgia, a cirurgia bariátrica só é indicada em casos em que outras tentativas de emagrecimento não obtiveram sucesso.

Dessa forma, tem prioridade na indicação de cirurgia bariátrica pessoas com índice de massa corpórea (IMC) acima de 35 kg/m² ou que tenham doenças associadas, como diabetes, colesterol alto e gordura no fígado. Pacientes com obesidade em grau leve (IMC acima de 30 kg/m2) também podem ser considerados para a cirurgia caso apresentem doença metabólica de difícil controle como o diabetes.

Contraindicações da cirurgia

A cirurgia bariátrica é contraindicada a pacientes que possuem algum tipo de doença cardíaca ou pulmonar com gravidade. Pacientes com transtornos psiquiátricos não controlados e aqueles com algum tipo de doença inflamatória no trato digestivo também não devem passar pela cirurgia bariátrica.

Principais vantagens

As principais vantagens da cirurgia bariátrica estão relacionadas à solução que sua realização representa para o processo de emagrecimento:

  • Redução dos riscos de doenças associadas à obesidade, como a diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, respiratórias e alguns tipos de câncer;
  • Melhora da qualidade do sono;
  • Perda de peso de forma consistente e na sua maioria sustentada por longo prazo;
  • Melhor qualidade de vida, pelo fim das limitações impostas pela obesidade;
  • Benefícios psicológicos e sociais.

Tipos de cirurgia bariátrica

Existem quatro tipos principais de cirurgia bariátrica:

Bypass gástrico (ou cirurgia de Capella)

Corresponde a 75% das cirurgias bariátricas feitas no Brasil. Consiste no grampeamento do estômago e desvio da parte inicial do intestino delgado, possibilitando maior sensação de saciedade com menor ingestão de alimentos.

Gastrectomia Vertical (ou Sleeve Gástrico)

Neste procedimento, o estômago perde volume sendo transformado em um tubo.

Switch duodenal

É a associação entre a gastrectomia vertical e o desvio do intestino delgado.

Banda gástrica ajustável: corresponde a menos de 1% das bariátricas no Brasil. Nela, um anel de silicone ajustável é colocado no estômago, possibilitando o controle de seu volume.

A cirurgia bariátrica pode ser realizada a partir de métodos tradicionais, que são abertos e mais invasivos, ou por via laparoscópica, um método considerado minimamente invasivo e atualmente padrão-ouro no nosso Instituto. Nesta técnica, são feitas pequenas incisões por onde passam cânulas e câmeras de vídeo que auxiliam o cirurgião no procedimento.

Risco da cirurgia bariátrica

Toda operação tem riscos, e os riscos da cirurgia bariátrica são motivo de preocupação para muitas pessoas. Além de ser uma alteração invasiva no funcionamento do sistema digestivo, é um procedimento que precisa de extrema atenção a uma série de cuidados pré e pós-operatórios.

Um dos principais riscos da cirurgia bariátrica é o de infecções na cavidade abdominal causadas pelo rompimento da linha de sutura. Apesar das estatísticas indicarem um risco baixo de rompimento (inferior à 1%), as infecções podem ser muito graves.

Outros riscos da cirurgia bariátrica estão relacionados à estrutura do sistema digestivo após a operação, como sangramentos e hérnias incisionais. Além disso, é comum haver queixas de frio, gases e vômitos, além dos sinais da síndrome de Dumping, que ocorre quando o alimento chega ao intestino sem passar pela digestão adequada no estômago.

Os pacientes que seguem todas as recomendações com o apoio de uma equipe multidisciplinar, formada por médico, nutricionista e psicólogo, têm maiores chances de sucesso após a bariátrica, com menores riscos de complicações.

Como é o processo operatório?

Por se tratar de um procedimento de alteração no funcionamento do sistema digestivo, o processo operatório da cirurgia bariátrica, seja qual for o método, é muito complexo e deve ser seguido com muita atenção. Apesar disso, a taxa de mortalidade da bariátrica é muito baixa, ao redor de 0,1%.

Além disso, a cirurgia deve ser realizada por uma equipe capacitada, com experiência de bons resultados e que garanta um atendimento que priorize o bem-estar do paciente. Assim, é possível prevenir riscos da cirurgia bariátrica relacionados ao processo operatório, e tratá-los adequadamente, caso se manifestem.

Gravidade do quadro do paciente e riscos relacionados

Outro fator que influencia diretamente nos riscos da cirurgia bariátrica é o estado de saúde do paciente. A presença de doenças cardiovasculares, colesterol alto, diabetes e doenças respiratórias faz com que alguns riscos de complicações aumentem.

A presença desses sinais de gravidade no quadro do paciente é tão preocupante que deve ser avaliada cuidadosamente antes da realização da cirurgia bariátrica.

O que pode dar errado na intervenção?

As três fases do processo perioperatório — pré-operatório, operatório e pós-operatório — estão sujeitas aos riscos da cirurgia bariátrica. A integração de cuidados em todas as fases da bariátrica é o que reduz a chance de riscos de complicações leves e graves.

Pré-operatório

No pré-operatório, uma série de exames e avaliações precisa ser feita para averiguar a possibilidade, os riscos e potenciais benefícios da operação. O que pode dar errado, nessa fase, é que os resultados não favoreçam a realização da cirurgia bariátrica.

Operatório

Os riscos da cirurgia bariátrica no período operatório se relacionam a dois fatores: a gravidade do estado de saúde do paciente e a técnica utilizada. Cirurgias abertas têm maiores riscos de complicações relacionadas ao processo operatório do que cirurgias por via laparoscópica.

Os principais riscos da cirurgia na fase operatória são rompimentos, sangramentos e complicações relacionadas ao estado de saúde do paciente, principalmente aquele que sofre de doenças cardiovasculares, metabólicas ou respiratórias.

Pós-operatório

O período pós-operatório é o período mais longo do processo de cirurgia bariátrica e o que mais apresenta riscos associados. Alguns são relacionados à recuperação do processo operatório em si, como:

  • Perfuração e sangramentos posteriores;
  • Infecções;
  • Hérnias incisionais;
  • Torção intestinal;
  • Embolia pulmonar.

Existe também o risco de deficiência nutricional por causa da diminuição da quantidade de nutrientes absorvidos pelo corpo. Alguns pacientes relatam aumento na frequência de vômitos e frio intenso, além da produção maior de gases intestinais.

Todavia, sabe-se que quando bem indicada, os benefícios da cirurgia bariátrica superam em muitos os riscos associados. Por esse motivo, uma avaliação cuidadosa e individualizada é primordial para o sucesso do procedimento.

Cuidados necessários após a bariátrica

Para que os riscos da cirurgia bariátrica sejam minimizados no período pós-operatório, é importante que se siga com atenção toda a série de cuidados determinada pela equipe multidisciplinar que deve acompanhar o paciente até o final do tratamento.

A dieta é o principal cuidado a ser tomado após a bariátrica. Nos primeiros 15 dias após o procedimento, deve ser feita uma dieta líquida. Na semana seguinte, pode ser iniciada a dieta pastosa, com a inclusão de alimentos pastosos. Os períodos das dietas podem variar de acordo com cada paciente.

A dieta com alimentos sólidos deve seguir uma série de recomendações, com pequenas refeições diárias. É importante beber muita água em todo o período para manter o corpo hidratado e evitar doces, café, condimentos, bebida alcoólica, frituras e qualquer outro alimento considerado inadequado pelos especialistas que acompanham o paciente.

Além disso, é importante manter cuidados em relação ao estilo de vida, recuperando, assim que liberado pela equipe multidisciplinar, a atividade física regular, além de acompanhamento psicológico constante.

Para saber mais, entre em contato e agende uma consulta.

Fontes:

Dr. Vitor Brunaldi;

Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica;

Ministério da Saúde.