Sinais e sintomas da obesidade
Além do aumento significativo de massa corporal, o excesso de gordura no organismo não manifesta sinais e sintomas diretamente, exceto quando atinge valores extremos. Contudo, os sinais da obesidade podem ser percebidos devido aos problemas que ela causa no organismo e no bem-estar do paciente, além das doenças relacionadas.
Os principais sinais de obesidade são os seguintes:
- Grande aumento de massa corporal;
- Limitações de movimento;
- Falta de condicionamento físico;
- Pele contaminada com fungos e infecções;
- Dores na coluna e nos membros inferiores;
- Artroses na coluna, quadril, joelhos e tornozelos;
- Varizes (muitas vezes, com úlceras venosas);
- Erisipela;
- Falta de ar e dificuldade para respirar;
- Roncos e apneia do sono;
- Ansiedade e depressão.
Diagnóstico da obesidade
O diagnóstico da obesidade é feito a partir da consulta clínica, principalmente através do cálculo do índice de massa corporal (IMC).
O IMC indica o estado nutricional do paciente e é utilizado para avaliar o risco de comorbidades. Para calcular o IMC, é dividido o peso corporal pela altura ao quadrado.
A partir do cálculo do IMC, a obesidade pode ser classificada dos seguintes modos:
- Sobrepeso: IMC entre 25 e 29,9 kg/m²;
- Obesidade de grau I: IMC entre 30 e 34,9 kg/m²;
- Obesidade de grau II: IMC entre 35 e 39,9 kg/m²;
- Obesidade de grau III: IMC maior do que 40 kg/m².
Exames físicos, laboratoriais e de imagem são solicitados, a fim de complementar o diagnóstico e fornecer informações importantes sobre o estado de saúde do paciente e possíveis comorbidades, incluindo problemas nutricionais.
Prevenção da obesidade
A prevenção da obesidade deve ser realizada desde a infância, uma vez que está associada a hábitos e estilo de vida. As seguintes medidas devem ser adotadas para evitar a obesidade:
- Ter uma alimentação saudável e nutritiva;
- Alimentar-se adequadamente, nos horários indicados às refeições;
- Evitar alimentar-se assistindo televisão;
- Evitar o consumo de alimentos gordurosos, industrializados e ricos em açúcares;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Cuidar da saúde mental, incluindo o controle da ansiedade.
Obesidade e cuidados psicológicos
Perturbações emocionais e psicológicas podem levar o indivíduo a desenvolver obesidade.
As dificuldades afetivas e emocionais induzem a alterações no comportamento de pessoas vulneráveis. Além de diminuir a prática de atividades físicas, indivíduos que sofrem com isso tendem a comer além do necessário e até compulsivamente, pois encontram nisso o alívio ao vazio emocional.
Além disso, determinados alimentos mais calóricos, como doces, induzem o organismo a produzir mais serotonina, um hormônio natural que causa a sensação de prazer e bem-estar, podendo até se tornar um vício para pessoas ansiosas, depressivas e estressadas.
Como funciona o tratamento da obesidade?
O tratamento para obesidade se dá tanto em formatos mais conservadores, como o acompanhamento profissional para reeducação alimentar, até o uso de medicamentos e intervenção cirúrgica.
Contudo, a base do tratamento da obesidade, ainda que sejam necessários procedimentos médicos, é a reeducação alimentar e mudanças no estilo de vida, com a adoção de hábitos mais saudáveis.
Reeducação alimentar
Independentemente do tratamento para obesidade proposto, é essencial que o paciente tenha uma reeducação alimentar.
Essa prática ajuda o paciente a reduzir a ingestão calórica e de alimentos prejudiciais à saúde, além de incentivar hábitos mais saudáveis, como a alimentação adequada na quantidade e horários recomendados. Além do mais, a reeducação alimentar prepara o paciente para a dieta necessária após a intervenção cirúrgica, caso indicada.
Exercícios físicos
A prática regular de atividades físicas também faz parte do tratamento para obesidade e é essencial para perder peso e manter a saúde do organismo.
O exercício físico planejado e regular apresenta uma série de benefícios, como:
- Diminuição do apetite;
- Potencialização da insulina;
- Diminuição da concentração de más gorduras no organismo;
- Melhora da sensação de bem-estar e aumento da autoestima;
- Melhora da respiração e da circulação sanguínea.
Tratamento medicamentoso
O tratamento da obesidade a partir de medicamentos só é recomendado quando o paciente não consegue perder peso com a mudança do estilo de vida e reeducação alimentar. Também pode ser indicado nos casos em que o paciente necessita de ajuda para tratar certos comportamentos alimentares, especialmente quando associados a problemas emocionais.
Em casos em que há comorbidades, o uso de medicamentos pode ser recomendado para tratar conjuntamente os problemas e doenças desenvolvidos devido à obesidade.
Tratamento cirúrgico
O tratamento para obesidade a partir de intervenções cirúrgicas é recomendado apenas nos casos em que os tratamentos mais conservadores não surtiram efeito ou quando o paciente apresenta algumas doenças associadas.
Além disso, o tratamento cirúrgico é indicado nas seguintes situações:
- Pacientes com IMC acima de 40 kg/m²;
- Pacientes com IMC maior que 35 kg/m² e que apresentem comorbidades graves.
Existem diferentes tipos de intervenções cirúrgicas para o tratamento da obesidade, sendo recomendados pelo médico de acordo com o quadro clínico do paciente.
Perguntas frequentes:
Quando é indicado o tratamento farmacológico?
O tratamento para obesidade com uso de medicamentos só é indicado quando, apesar da motivação do paciente, há dificuldades no seguimento da dieta e nas mudanças no estilo de vida — ou quando não surtem os efeitos desejados.
Se eu tenho obesidade, preciso de um tratamento?
A obesidade é um problema de saúde e, por isso, é recomendado o tratamento, inclusive pelo risco de comorbidades e doenças relacionadas. O acompanhamento por profissionais da saúde, como médico, nutricionista, psicólogo e educador físico, é essencial para as orientações adequadas ao paciente.
Como saber se sou obeso?
Ao perceber peso corporal acima do normal e outros sintomas relacionados, a orientação é buscar um profissional de saúde para o devido diagnóstico. Contudo, o próprio paciente pode calcular o seu IMC para saber se há indicação de sobrepeso ou obesidade.
Dicas para não desistir do tratamento
Pensar na saúde, bem-estar, autoestima, diminuição no risco de doenças e em todos os benefícios que o tratamento proporciona é uma das melhores formas de manter a motivação e não desistir. Buscar ajuda profissional com um psicólogo é a principal recomendação.
Saiba mais sobre esse e outros tratamentos entrando em contato e agendando uma consulta.
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